Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • Nacional
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • |
  • Cultura
  • Opinião
  • Esportes
  • Cidades
  • Política
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Cidades

Rio Melchior

Justiça do DF suspende licença de água para instalação de usina termelétrica

Decisão pausa projeto de R$ 6,5 bilhões que agravaria degradação do Rio Melchior; empresa ainda pode recorrer

11.jun.2025 às 14h51
Brasília (DF)
Iago Nava
Justiça do DF suspende licença de água para instalação de usina termelétrica

Ação Civil Pública apontou graves irregularidades no licenciamento do empreendimento - Divulgação/TJDFT

A Vara de Meio Ambiente do Tribunal de Justiça do Distrito Federal suspendeu na última quinta-feira (5) as licenças de uso de água destinadas à instalação da Usina Termelétrica Brasília (UTE Brasília), em Samambaia. A decisão do juiz Carlos Frederico Maroja de Medeiros atende parcialmente a uma Ação Civil Pública movida pelo Instituto Internacional Arayara, que apontou graves irregularidades no licenciamento do megaempreendimento.

O projeto da empresa Termo Norte Energia, orçado em R$ 6,5 bilhões, pretendia captar 110 mil litros de água por hora do Rio Melchior, já classificado como nível 4 – a pior categoria ambiental existente, que proíbe qualquer uso humano das águas.

No entanto, essa vitória judicial é resultado de intensa mobilização popular articulada desde março. A campanha “Xô Termelétrica” reuniu o Movimento Salve o Rio Melchior, o Fórum de Defesa das Águas do DF, escolas, deputados distritais e lideranças comunitárias. Além disso, uma petição pública online já havia coletado milhares de s contra o projeto.

“É uma decisão que nos dá esperança. Mostra que a justiça está atenta e que a sociedade civil tem força”, comemora Lúcia Mendes, coordenadora do Fórum de Defesa das Águas, do Clima e Meio Ambiente do Distrito Federal. “Estamos falando da água e de uma energia cara e suja que Brasília não precisa. Essa luta é pela vida.”

Dados defasados e violação do princípio da precaução

A ação também revelou que as licenças concedidas pela Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do DF (Adasa) se basearam em estudos hidrológicos e meteorológicos de até 13 anos atrás. Assim, ignorando as atualizações realizadas em 2020 no Plano de Gerenciamento Integrado de Recursos Hídricos da Bacia do Paranaíba.

“Estamos diante de uma violação do princípio da precaução ambiental”, afirma Juliano Bueno, diretor técnico do Instituto Arayara e doutor em riscos e emergências ambientais. “Licenciar um empreendimento com base em dados ultraados, sem avaliar corretamente os impactos sobre uma bacia hidrográfica crítica, compromete não só o meio ambiente, mas a saúde pública e os direitos fundamentais da população.”

Segundo os estudos apresentados na ação, 94% da água captada retornaria ao rio em temperatura elevada, o que agravaria ainda mais a situação ecológica. O Rio Melchior já recebe quase o dobro de esgoto tratado em relação a capacidade natural de vazão.

Além disso, entre os impactos sociais mais graves do projeto está a ameaça à Escola Classe Guariroba, única instituição de ensino rural da região. Ela atende mais de 348 crianças da rede pública e a proposta da empresa prevê a demolição da escola para dar lugar ao complexo.

Poluição atmosférica atingiria todo o DF

Estudos do Departamento de Geociências e Saúde Ambiental do Instituto Arayara indicam que a queima de Gás Natural Liquefeito (GNL) liberaria poluentes tóxicos que atingiriam não apenas as periferias, mas todo o Plano Piloto e regiões istrativas do DF.

“A combinação de poluentes pesados, ar extremamente seco e padrões de vento locais pode transformar Brasília em uma câmara de poluição atmosférica”, alerta o estudo técnico. Os impactos incluiriam aumento de doenças respiratórias, sobrecarga do Sistema Único de Saúde (SUS) e possibilidade de chuva ácida.

Na decisão, o magistrado destacou a contradição entre o projeto e os compromissos climáticos assumidos pelo Brasil no Acordo de Paris. O país comprometeu-se a reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 37% até 2025 e 43% até 2030, além de promover a “descarbonização da matriz energética”.

A empresa Termo Norte Energia ainda pode recorrer da decisão.

:: Receba notícias do Distrito Federal no seu Whatsapp ::

Editado por: Flavia Quirino
Tags: distrito federal
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja *
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Notícias relacionadas

sem consulta prévia

Usina Termelétrica de Brasília: um retrocesso na Transição Justa para os povos

DEGRADAÇÃO

Agrotóxico cancerígeno e mercúrio na água: pesquisadores da UnB são ouvidos na I do Rio Melchior

Xô termoelétrica

Audiência pública sobre construção de usina termelétrica em Brasília é adiada, e mobilização contra o projeto cresce

I DO RIO MELCHIOR

Licença vencida, efluentes tóxicos e falta de transparência: consultores detalham poluição do Rio Melchior

POLUIÇÃO

Ibama define nova data para audiência pública sobre impactos da Usina Termelétrica de Brasília

Veja mais

Diplomacia genocida

Argentina afronta palestinos e direito internacional ao mudar embaixada para Jerusalém, diz especialista

ARTE E MEMÓRIA

Espetáculo resgata a história de Jurema Finamour, silenciada durante a ditadura militar

OPINIÃO

A quem interessa a desconstrução da luta nacional dos servidores do Ministério Público pelos seus direitos?

EDUCAÇÃO POPULAR

Ong de Curitiba (PR) abre inscrições para escola gratuita de formação de lideranças em economia solidária

PARTICIPAÇÃO POPULAR

Lançamento da Conferência Estadual das Cidades debate reconstrução, habitação e direito urbano

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.