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Reconhecimento

Davi Kopenawa recebe título de Doutor Honoris Causa pela terceira vez: ‘Sou doutor da Amazônia’

Homenageado pela Universidade Estadual de Goiás (UEG), xamã defende aliança pela floresta

12.jun.2025 às 11h22
Atualizado em 13.jun.2025 às 01h22
Goiás (GO)
Rodrigo Chagas
Davi Kopenawa recebe título de Doutor Honoris Causa pela terceira vez: ‘Sou doutor da Amazônia’

Davi Kopenawa - Foto: Vinicius Schmidt/ Divulgação Fica

Durante a cerimônia em que recebeu o título de Doutor Honoris Causa da Universidade Estadual de Goiás (UEG), o líder xamã e Yanomami Davi Kopenawa convocou indígenas e não indígenas a se unirem em defesa da Amazônia, das florestas brasileiras e contra as ameaças aos territórios tradicionais. A homenagem foi realizada na noite desta terça-feira (11), na cidade de Goiás (GO), na Tenda Multiétnica do 26º Festival Internacional de Cinema Ambiental (Fica). A atividade ocorre em paralelo ao festival de cinema e vídeo ambiental, com foco na cultura, espiritualidade e saberes dos povos originários e comunidades tradicionais.

Este é o terceiro título de Doutor Honoris Causa recebido por Kopenawa. Antes da UEG, ele foi homenageado pela Universidade Federal de Roraima (UFRR) e pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Ao agradecer o reconhecimento, se autointitulou “doutor da Amazônia”. “Continuo lutando até o fim. Essa é a minha história. Vou deixar essa história para vocês lembrarem quem foi Davi”, discursou.

Ao lado de lideranças indígenas, autoridades públicas e representantes da comunidade acadêmica, o xamã combinou denúncia política, espiritualidade e gratidão. “Precisamos juntar nossa força para poder lutar contra invasores, contra a mineração, contra o marco temporal“, afirmou. “Davi não está sozinho. Davi está junto com toda a sua liderança do Brasil”, destacou.

“Xapiri vê tudo. É assim que eu falo por todos”

Kopenawa explicou que, embora não consiga estar fisicamente em todas as terras indígenas, sua luta está conectada espiritualmente a todos os territórios originários. “Eu não posso andar em todas as terras indígenas, mas Xapiri anda. Xapiri vê tudo. É o espírito que caminha entre os territórios. É assim que eu falo por todos.”

Na cosmovisão Yanomami, os xapiris são a ponte entre o mundo visível e o invisível, que ajudam na proteção da terra-floresta contra os males humanos e não-humanos.

O líder indígena também convidou as lideranças mais jovens e o público não indígena a romper os limites do olhar. “Quero que vocês sonhem. Sonhar é subir alto, olhar toda a terra, todo o planeta. É assim que nós, Yanomami, aprendemos a olhar longe”, contou.

Autor do livro A Queda do Céu, escrito em parceria com o antropólogo francês Bruce Albert, Kopenawa destacou a obra como guia de sua trajetória. “Esse livro está na frente, na cabeceira dos caminhos. Ele é parte da minha luta”, pontuou.

A fala também foi marcada por críticas diretas ao projeto de destruição representado pelo agronegócio e pela mineração que ameaçam o futuro. “Floresta é saúde. Floresta é vida. Floresta traz benefício para todos. Não podemos destruir. Destruir é crime. Nós não podemos matar nossas florestas”, alertou.

Davi Kopenawa (centro) recebe título de Doutor Honoris Causa ao lado do reitor da UEG, Antonio Cruvinel, (à direita) e do superintendente de Atenção Especializada da Secretaria de Estado da Educação (Seduc/GO), Rupert Nickerson Sobrinho | Foto: Vinicius Schmidt/ Divulgação Fica | Foto: Vinicius Schmidt/ Divulgação Fica

Política com os pés na terra

Kopenawa ressaltou a diferença entre a política institucional e a forma de organização e resistência dos povos originários. “Nós não precisamos copiar os políticos. Nós somos diferentes, muito diferentes”, enfatizou.

Segundo ele, a política indígena nasce da vivência com a terra, da memória dos ancestrais e da espiritualidade. “Nós estamos juntos com o trovão, com o vento, com o sol, com a escuridão, com a claridade”, disse.

Ao longo da fala, lembrou das lideranças históricas que abriram caminhos, como cacique Raoni, Álvaro Tukano, Marcos Terena e Ailton Krenak, e destacou a força das mulheres, das crianças e dos novos líderes preparados para fazer a luta institucional “com governador, com senador, com deputado, com quem quiser tirar nossas terras”. “Não queremos seu dinheiro. Nós queremos a terra para plantar, para sustentar nossos filhos. Para ter comida para eles. É isso que nós queremos”, reforçou Kopenawa.

“Essa é a nossa lei do papel. Nós não precisamos da lei como vocês têm. Constituição vocês criaram, mas esqueceram. Nós temos a nossa, que dançamos na terra, que pedimos à floresta, que agradecemos com a pintura, com nosso canto e nossa festa”, concluiu o xamã.

Editado por: Geisa Marques
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